O que é aquecimento global

Publicado em 29/07/2013

O que é aquecimento global 26-7-13

Legenda imagem: Temperaturas globais na década de 1880 e 1980, comparadas à média no período entre 1951 e 1980.

Aquecimento global é uma realidade e significa o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra. Ainda é objeto de algum debate entre os cientistas se o aumento da temperatura média se deve a causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem).

Segundo o Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007, elaborado sob os auspícios da Organização Meteorológica Mundial e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e que representa a síntese científica mais ampla e atual sobre o assunto, a temperatura na superfície terrestre aumentou em média 0,76°C entre 1850 e 2005, com uma faixa de variação regional entre 0,57ºC e 0,96ºC.

A maior parte do aumento de temperatura observado foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa, emitidos por atividades humanas como a queima de combustíveis fósseis e a deflorestação. Esses gases atuam obstruindo a dissipação do calor terrestre no espaço. O escurecimento global, uma consequência do aumento das concentrações de aerossóis atmosféricos, que bloqueiam parte da radiação solar antes que esta atinja a superfície da Terra, mascarou parcialmente os efeitos do aquecimento induzido pelos gases do efeito de estufa.

Modelos climáticos referenciados pelo IPCC projetam que as temperaturas globais de superfície provavelmente aumentarão de 1,1 a 4,6°C até o ano 2100. A variação dos valores reflete o uso de diferentes cenários de emissão futura de gases estufa e resultados de modelos com diferenças na sensibilidade climática. Apesar de a maioria dos estudos ter seu foco no período até 2100, o aquecimento e suas consequências devem continuar por vários séculos, e alguns efeitos devem até aumentar, mesmo que as concentrações de gases estufa se estabilizem nos níveis atuais, pois certas reações já foram desencadeadas e seus resultados não podem ser evitados por meios conhecidos.

O aumento nas temperaturas globais desencadeia várias alterações nos sistemas da Terra, incluindo a subida do nível do mar, mudanças em padrões de precipitação resultando em enchentes e secas. Espera-se que o aquecimento seja mais intenso no Ártico, estando associado ao recuo das geleiras de montanha. Outros efeitos prováveis incluem alterações na frequência ou na intensidade de ciclones tropicais e outros eventos meteorológicos extremos, extinção de grande número de espécies e perturbações na produção de alimentos. O aquecimento e as suas consequências serão diferentes de região para região, mas a natureza destas variações regionais ainda é incerta. Outra ocorrência global concomitante, que já se verifica e que se prevê continuar no futuro, é a acidificação oceânica, que é também resultado do aumento contemporâneo da concentração de dióxido de carbono atmosférico, um dos gases estufa. Ao mesmo tempo, as concentrações de oxigênio estão a diminuir em vários mares. Prevê-se uma importante alteração futura, mas ainda bastante indeterminada, em todos os ecossistemas marítimos, com impactos prováveis na sociedade humana em larga escala.

Está prevista para 2014 a publicação da quinta atualização do relatório do IPCC, que deve sintetizar o resultado de novas pesquisas com modelos teóricos mais avançados e novos dados observacionais. Várias pesquisas independentes realizadas nos últimos anos indicam que as previsões anteriores podem ter sido excessivamente conservadoras em vários aspectos, e portanto os problemas futuros podem vir a ser ainda maiores.

Embora a imprensa ainda alimente muitas controvérsias, frequentemente mal informadas, tendenciosas ou distorcidas, e haja grande pressão política e econômica para se negar ou minimizar as fortes evidências já reunidas, o consenso científico é de que o aquecimento global está ocorrendo inequivocamente, e precisa ser contido com medidas vigorosas sem nenhuma demora, pois os riscos da inação, sob todos os ângulos, são altos demais. O Protocolo de Quioto, bem como inúmeras outras políticas e ações nacionais e internacionais, visam a estabilização da concentração de gases de efeito estufa para evitar uma interferência antropogênica perigosa.

Sendo uma realidade latente, se nada for feito, ele trará consequências catastróficas para a biodiversidade e para o ser humano. Por isso, é necessário que países e empresas abandonem fontes fósseis de geração de energia, como o petróleo e o carvão, e substituam-nas pelas renováveis, como solar e eólica. Essa é uma estratégia não só para reduzir as emissões de gases-estufa, mas para consolidar um crescimento econômico baseado em tecnologias que não prejudicam o planeta.

Soluções:

Investir em uma política energética inteligente: segundo estudo realizado pelo Greenpeace, as novas fontes renováveis podem suprir metade da demanda mundial até 2050;

Incentivar o setor de novas energias: a indústria de geração e de eficiência energética tem capacidade de abrir 8 milhões de empregos no mundo até 2030;

-Reduzir drasticamente o desmatamento no mundo: em todo o planeta, a derrubada e a queimada das florestas tropicais jogam 5,1 bilhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera; só no Brasil, o volume é de 1,26 bilhão de toneladas por ano;

Conservar os oceanos: os mares absorvem CO2 da atmosfera, mas eles têm um limite. Destinar 40% dos oceanos para unidades de conservação ajuda a mantê-los saudáveis, de forma a cumprirem essa tarefa.

Fontes: Greenpeace e Wikipedia

Links úteis: Último Segundo IG

 

Veja o vídeo com a opinião e estudos controversos do professor Luiz Carlos Molion em entrevista ao Canal Livre da Band, no último dia 29/7/13.

Site: https://ecoredesocial.com.br/blog/2013/07/o-que-e-aquecimento-global/

Este obra foi licenciado sob uma Licença 
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Discussão: O que é aquecimento global.

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